quarta-feira, 21 de abril de 2010

Picos

Picos de felicidade me atingem em momentos inesperados, deixando-me momentaneamente feliz, fazendo com que me sinta bem em fazer o que faço e ser o que sou. Não precisa de motivo, chega inesperadamente e partem com a mesma facilidade. Duram segundos, fazem nascer um sorriso bocó em nossos rostos, faz nossos olhos brilharem e faz com que o mundo deixe de nos preocupar tanto.

Já os picos de raiva, como os de felicidade, vêm e vão rapidamente, muitas vezes vêm sem razão, outras vezes ocorrem depois de muito tempo guardando magoas. Fazem com que digamos o que não deveríamos ou façamos algo errado pela força do momento. Muitas vezes faz com que lagrima de raiva escorram pelos nossos rostos, nossos corações acelerem e nossos atos não tenham sentido.

Os picos de tristeza costumam demorar mais tempo para passar, deixam marcas em nossos corações e não precisam de motivos. Sentimos um misto de insatisfação que pode se fundir a raiva, olhos vermelhos, rostos tristes, desamores, indignação e burrices. Sentimos-nos sozinhos (e talvez estejamos), sentimos também que nosso lugar não é esse, mas qual seria?

Os picos mais demorados são os que mais gostamos de sentir (quando dá certo), são os picos de amor e paixão, que nos fazem flutuar. O problema deles é que muitas vezes não atinge o amado, só o amador. Faz nos sentirmos sozinhos. Tudo que desejamos do mundo é que tudo dê certo. Sentimos saudades, rimos, nos descabelamos, choramos, deixamos pra lá, esquecemos.
Dura o tempo que nosso coração puder suportar, e faz com que todos os outros picos aconteçam, nos deixando desnorteados, felizes e infelizes, confusos mesmo tendo certeza de que nada é tudo e que não temos nada com que se preocupar ( ou seria ao contrario?).

Nenhum comentário:

Postar um comentário