quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Os distantes moscavalos

Não é nenhum tipo de surpresa o porquê deixei de escrever, primeiramente recorremos para a falta de tempo, sempre falta tempo, sabemos que não é esse o problema. O real problema é, onde estariam estes ditos problemas? Acabaram todas as coisas que tínhamos para reclamar?
Somos humanos e com isso tenho que complementar, sempre teremos sobre o que reclamar, mas agora aqueles velhos motivos que viravam palavras e mais palavras se vão, não merecem tanta atenção assim.
E estando assim, tão escassas as idéias, hei de roubá-las. Roubá-las de um gênio, de um louco, de uma menina que visitou um mundo com moscavalos e borboleteigas.

 “-Como faço para entrar? – Alice perguntou de novo, mais alto.
-Mas, afinal, você deve entrar? – disse o Lacaio – Esta é a primeira pergunta.
Era, sem duvida: só que Alice não gostou que lhe dissessem isso.
- É realmente espantoso – murmurou consigo – Como todas as criaturas brigam. É de levar a gente a loucura!
O Lacaio pareceu ver nisso uma boa oportunidade para repetir seu comentário, com variações.
- Vou ficar sentado aqui – disse – Ora sim, ora não, por dias e dias.
-Mas o que devo fazer? – perguntou Alice. - O que quiser- respondeu o Lacaio e começou a assobiar.”

Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll