terça-feira, 31 de maio de 2011

Sol Poente

Cheguei a um momento em que não preciso enfeitar com palavras, não preciso aperfeiçoar com adjetivos e muito menos supor, inventar, parafrasear... Simplesmente cheguei num ponto onde não vejo mais necessidade de ver o mundo com outros olhos, o que vejo no momento é bastante recompensador.
E mesmo sabendo que a vida não é cor-de-rosa, vejo o sol se pôr em tons rosados, vejo que a vida pode ser doce, e, mesmo que meu texto possa ser comparado a de um suicida que finalmente dá valor a vida, percebo meu lugar, percebo os detalhes, vejo a vida e todas as mil e uma belezas, bla bla blá, você sabe do que estou falando.
Não vejo razão para encher um blog ou a cabeça de alguém com definições de amor, felicidade, etc. Todos sabem como se sentem e quem sabe ninguém sinta do mesmo jeito, mesmo que as situações sejam iguais.
Sinto-me novamente no clichê das palavras, como se nada disse fosse novidade (e não é), mas... As vezes é bom deixar-se cair no clichê, só para nos sentirmos mais humanos. Muitas vezes confesso que não queria sentir nada, absolutamente nada, principalmente expectativa ou ciúmes, ambos sempre acabam por deixar as pessoas neuróticas, mas você já sabe disso.
Afinal, o que você não sabe? O que há de novo nesse velho novo mundo? Eu sei que o que não sei é uma lista interminável de coisas, das quais a maioria provavelmente nunca irei aprender (e isso não é um pensamento negativo, mas quem sabe eu morra sem saber falar grego, quem sabe eu nunca irei fabricar um computador, é a vida).
Continuo no pôr do sol rosado vida, mas até quando? Até que a noite caia? Até que a escuridão nos assole? Até que minhas metáforas acabem?