segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um misto de morte com pitadas de covardia

“E muitas vezes o prêmio compra a lei; mas não lá em cima, onde não valem manhas; o processo não padece artifícios, e até mesmo nos dentes e na fronte do delito teremos de depor.” William Shakespeare

Novamente um gênio expressa o que sinto, muitas vezes penso em coisas escritas por grandes pensadores quando algo esta acontecendo, e não pude deixar de pensar nessa. Não entendo como as pessoas podem ser “compradas” tão facilmente, não preciso pensar muito para achar um exemplo e se você precisa, melhor assistir o noticiário. É mensalão isso, corrupção aquilo... E o povo continua a ser roubado. Mas parece que só quando coisas dessas acontecem realmente próximas de você que você entende e anseia por mudança.
Mas não lá em cima... Ai que bate o ponto. Lá em cima é incerto, distante. Lá em cima as coisas são desconhecidas e sempre vamos preferir o conhecido.
Novamente cito William Shakespeare, homem que foi, para mim, um dos melhores escritores de todos os tempos e continuará sendo.

“Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência.”

Morte, não é ela que nos preocupa, mas sim o que vem após ela, a morte é rápida, a morte tem pressa, mesmo que você tarde a morrer sofrendo, vai sentir a morte propriamente dita por um instante, e depois? E depois o desconhecido. Se soubéssemos que algo bom viria poderíamos adiantar nossa partida para parar qualquer sentimento que fosse, mas não sabemos, não podemos, nossa covardia ao desconhecido mesmo sendo inteligente e lógica nos mantém vivos. E para ocultar o nosso medo, fingimos que há grandes motivos para nos manter vivos, que nossa vida aqui vai fazer toda a diferença, que vamos mudar o mundo. E agora pergunto, você vai mudar o mundo?

2 comentários:

  1. após muito pensar (cerca de 5 segundos)cheguei a esta conclusão: deixa de ver os jogos do Benfica...eu sei eu também sou do slb e cada vez que vejo os jogos ando assim mais triste , tens que ver mais o parlamento sul coreano ou japonês aquilo é que e só farras....
    falando a serio(coisa rara) se as pessoas pensa-sem mais em mudar a própria casa e hábitos dentro ela esta mundo estaria com um sorriso maior.

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  2. hunm, apos muito reler sem entender muitas coisas a respeito, bem, obrigado :)

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