sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Inesperado

Algo dentro de mim sempre me puxa para a briga, quer que eu me envolva e saia do “anonimato”, que eu tome partido, me envolva, mesmo que caia brutalmente depois, mas o que significa uma queda em comparação a uma vida? A uma experiência?
Mas como toda moeda, há sempre o outro lado, e esse insiste em me fazer esperar, neutra no meu canto, me faz “deixar as coisas rolarem”. Esse lado faz com que eu não me envolva e fique em cima do muro.
Agora eu poderia ficar aliviada por ter dois lados contrários para me deixar em equilíbrio, mas não é o que acontece. Por algum tempo quem predomina é meu lado forte, por outro meu lado neutro, eles nunca chegam a um consenso.



O mundo confunde minha mente, não sei mais o que esperar. Quando as coisas começam a fazer sentido atitudes inesperadas sempre me surpreendem, logo eu, que tenho tantas idéias, que imagino tantas coisas com essa mente fértil que mais atrapalha do que ajuda, eu sou, mesmo assim, surpreendida.
E o ser aqui que sempre disse que não precisava de ninguém para ser feliz se pega a imaginar, minha própria mente me surpreende, e quando controlo meus pensamentos, um bando de novas possibilidades entra a mente.
E tudo que imaginei antes e que não se realizou parece algo distante, “desta vez vai ser diferente”, minto para mim mesma, na verdade não sei se minto ou se falo a verdade, mas penso pelo lado positivo, afinal de contas algum dia algo vai dar certo, por que não agora?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Férias!

É bem provável que eu não venha a postar nada até fevereiro, a menos que eu ache algo que preste que já tenha sido redigido, pois ao contrario do que imaginei, ando tendo mais compromissos agora do que anteriormente, então verei quando sobrar tempo para escrever. Alem de que, não sinto nada que possa colocar no papel, e se sentir, será inevitável escrever algo sobre, e deste modo colocarei aqui.
Se eu vier a postar, anunciarei no meu orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=12327912850125222512
Ou no meu twitter:
https://twitter.com/LauSmiderle

Enquanto isso, feliz natal, ano novo e peço que você, por favor, entenda o que a lua tem a ver com a maré, por que a terra gira ao redor do sol e por que a lua não cai na terra, são perguntas que de tão lógicas acabam tendo a resposta esquecida.
Sim, eu sei que você provavelmente não vai pesquisar e que eu fiz com que você pensasse no assunto por meio minuto, mas pelo menos pensou, já me sinto útil.
Ari veditti!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Eu vs. Tecnologia

Tem dias do ano que você se considera um asno, hoje é um desses dias. Minha capacidade para mexer no computador sempre foi limitada, confesso, mas hoje reparei que tenho as habilidades de informática tanto quanto jumentos. Eu estou rindo disso, não preciso que alguém me diga que não é bem assim, eu simplesmente sei que informática não é meu “grande dom”.
Sou do tipo que atualiza o msn quando o antigo não funciona mais, que tem um word velho e por essa razão a correção ortográfica não é lá grandes coisas, não que eu tenha medo da modernidade, mas ela simplesmente não me é atraente, não chama por mim e por essa razão passamos distantes uma da outra.
Decididamente acho que devia mudar alguns aspectos disso, e é por essa razão que enquanto escrevo estou baixando um novo msn, não é grande coisa pra a maioria, mas me sinto tremendamente frustrada, não tenho medo da mudança, mas sempre acho essas coisas fúteis e desnecessárias para mim, vou continuar a usar o msn da mesma forma, nada irá mudar, apenas o nome do programa.
E isso já foi feito, o dia da asneira já passou, eu desafiei a tecnologia, e ela para provar sua importância, me fez perder algo que eu queria, só pra jogar na minha cara uma pergunta como “E agora?” e, pra piorar, tive que engolir a seco e deixa-la tomar conta.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prosseguir

Alguns princípios básicos tendem a ser confundidos, e eu simplesmente faço caretas para o meu reflexo no espelho vendo o quanto lógico isto é. Primeiro, se eu sou simpática, eu sou assim, não é paixão, falsidade ou qualquer outra coisa, é simpatia por si só. (e por dizer SE, quero dizer que tenho consciência de que posso ser antipática, alem de que, quem se diz simpático sempre não merece essa denominação).
Segundo, as caretas, ainda haverá alguém que compreenda que não preciso ficar roxa para estar com raiva, apenas uma leve arqueada nas narinas cumprem esse papel, um leve movimento dos lábios, as coisas são lógicas a meu ver. Não são necessárias grandes ações, quem não compreende um simples olhar ou um movimento tão pouco entendera um amor. Meu Deus, são coisas tão simples! Minha vontade seria de exemplificar, de dizer o que foi feito errado, mas sempre me antecedo por julgar em certo e errado coisas que quem sabe simplesmente não foram feitas para dar certo.
Um momento, um milésimo de segundo, aquele pequeno fragmento de tempo, era obvio que eu havia parado, simplesmente parei, esperei por uma reação nesse segundo que se passou, nada, prossegui.
Nessas horas não sei se fiz bem, mas não importa, não é? Odeio os momentos pós-ação, você pensa, repensa, o que poderia ter acontecido, o que você poderia ter dito, o que poderia ter sido diferente.
Penalizo a mim mesma por esses pensamentos pois sei que irão apenas ferir meu ego, porque não aconteceu, nada foi dito e não há maneira alguma de mudar isso.
Estamos sempre tão ligados ao passado, agarramos suas mãos como uma criança com medo do primeiro dia de aula, até que nossas forças agüentarem estaremos lá, firmes, fingindo ser fortes, até que o destino nos puxe e nos arranque aquela única coisa que nos prendia, a única coisa que nos fazia sentir seguros.
Prosseguimos novamente, e não me atrevo a dizer que tudo vai dar certo, que tudo se resolve, temos que parar e perceber que o mundo é gigantesco e que, muitas vezes, não são nossas historias as escolhidas para darem certo.
Um trágico momento de realidade, e esse momento tende a ser minúsculo, depois voltam às velhas esperanças, volta à realidade que deveria ser cor de rosa, mas culpamos o tempo como entregador que tende a atrasar a entrega do vermelho, ocultando nosso medo de que ele nunca chegue.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Por que dessa vez é meu estomago que esta leve e coração que está pesado?

Normalmente é o contrario, normalmente meu coração esta flutuando por ai, mas hoje algo o fez despencar. E traz aquela sensação contrária de estar com um coração pesado, mas estar sem ele ao mesmo tempo.

Isso me lembra um seriado chamado “Adorável psicose”, que assisti apenas alguns capítulos. Após o primeiro encontro a personagem fala sobre a “dançinha da humilhação”, onde você encontra a pessoa e não sabe como cumprimentá-la ("Beijo na boca ou dois beijinhos? Beijo na boca ou dois beijinhos? Beijo na boca ou dois beijinhos? Beijo na boca ou dois beijinhos?"). E daí você fica lá, fazendo aquela dançinha, e ainda acaba num aperto de mãos.

Sempre acabo por me ver uma psicótica, e ainda por cima parece que escrevo demais sobre mim mesma, mas é isso que conheço, ou que pelo menos tento conhecer.

Pelo menos desta vez não tive que cultuar os rituais bizarros da “dancinha”, o que não me deixa mais feliz ou mais triste. Mesmo não tendo controle sobre sentimentos é sempre bom sufocar um pouquinho o próprio coração, só para mostrar quem é que manda. E de vingança ele tende a controlar todo nosso corpo, fazendo com que ajamos de forma estúpida, só pra replicar depois “Quem é dono de quem mesmo?”.

A eterna guerra entre nós e nós mesmos continua, só espero que hajam sobreviventes.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um misto de morte com pitadas de covardia

“E muitas vezes o prêmio compra a lei; mas não lá em cima, onde não valem manhas; o processo não padece artifícios, e até mesmo nos dentes e na fronte do delito teremos de depor.” William Shakespeare

Novamente um gênio expressa o que sinto, muitas vezes penso em coisas escritas por grandes pensadores quando algo esta acontecendo, e não pude deixar de pensar nessa. Não entendo como as pessoas podem ser “compradas” tão facilmente, não preciso pensar muito para achar um exemplo e se você precisa, melhor assistir o noticiário. É mensalão isso, corrupção aquilo... E o povo continua a ser roubado. Mas parece que só quando coisas dessas acontecem realmente próximas de você que você entende e anseia por mudança.
Mas não lá em cima... Ai que bate o ponto. Lá em cima é incerto, distante. Lá em cima as coisas são desconhecidas e sempre vamos preferir o conhecido.
Novamente cito William Shakespeare, homem que foi, para mim, um dos melhores escritores de todos os tempos e continuará sendo.

“Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência.”

Morte, não é ela que nos preocupa, mas sim o que vem após ela, a morte é rápida, a morte tem pressa, mesmo que você tarde a morrer sofrendo, vai sentir a morte propriamente dita por um instante, e depois? E depois o desconhecido. Se soubéssemos que algo bom viria poderíamos adiantar nossa partida para parar qualquer sentimento que fosse, mas não sabemos, não podemos, nossa covardia ao desconhecido mesmo sendo inteligente e lógica nos mantém vivos. E para ocultar o nosso medo, fingimos que há grandes motivos para nos manter vivos, que nossa vida aqui vai fazer toda a diferença, que vamos mudar o mundo. E agora pergunto, você vai mudar o mundo?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Inconstância interior

Sabe quando você sente como se faltasse alguma coisa? Como se faltasse algo interno que apenas você pode sentir falta, mas esse algo é tão importante que sua falta faz com que você se sinta incompleto? Bem, é assim que me sinto. Algo insubstituível foi retirado, é e como se um buraco se abrisse dentro de mim mesma, e esse buraco se abriu em minha alma, em minha mente e coração ao mesmo tempo.

É como se tudo que senti tivesse desaparecido sem deixar vestígios, como se nada agora me provocasse reações, e algo sempre me faz acreditar que isso nunca mais vai passar.

Mas eu sei que sempre passa. Isso não passa de um lado, de um humor, que mesmo muitas vezes momentâneo tem força suficiente para mudar as coisas.

Mesmo feliz, mesmo triste, confusa, bipolar, sarcástica, bem humorada, divertida, quieta, etc., eu sempre continuo a sentir exatamente as mesmas coisas por dentro, minha mente e coração sabem o que querem em cada um desses momentos.

Agora tanto meu “eu” interior, quanto o exterior, não sabem mais o que sentir, e fico num misto de sentimentos que passam por mim rapidamente sem deixar nada. Não sei o que sentir por dentro, então expresso o que me for mais fácil por fora e vou ao baile das máscaras, encobrindo emoções que eu mesma desconheço em baixo de um sorriso.