sábado, 30 de outubro de 2010

Completamente inútil

Vamos aproveitar os minutos que fiquei hiper-feliz por que estava ouvindo Surfin’ Bird - The Trashmen. E o tempo acabou, mesmo assim é só lembrar do pastel que comi para ter forças para continuar.
E já que não sei como parar de cantar nenhum pensamento bom me vem em mente, não que normalmente venham mas, quero dizer algo “útil”.
Já sei, estou tremendamente decepcionada, meu blog tem menos visualizações que meu caderno de sociologia! Fique bem “triste” então se você lê, entre e saia do blog 9571 vezes pra mim me sentir bem, ou pelo menos comente.
Agora parei, senão iria soar mais apelativo do que já foi, não estou me importando bulhufas com isso mas em todo caso estou em desinteresse com o mundo.
E sim, você faz parte dele! (nada novo mas achei que é bom você saber, não sei ao certo por que motivo). Estou intrigada, não sei mais por que não sinto nada, mas mesmo assim não é vazio, é algo confuso.
É como comer até ficar exatamente satisfeito, você não sabe se recusa ou aceita o próximo prato, comparação horrível essa.
Só sei que se eu parar de escrever vou acabar perdendo fio da meada, mesmo que eu ainda não o tenha encontrado.
E agora me perdi completamente, o word não ajuda.
TCHAU

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quem quer um pedaço?


E o quase nojento mundo onde “essa parte é minha”, todos lutando pra conseguir um pedaço um do outro, “os olhos da mãe”, “boca do pai”, “cabelos do avô”, alem dos comuníssimos “corações” que me parecem mais material de troca, palavras pra alimentar mentes, “meu coração te pertence”? Prometendo coisas que não há como dar, mas que quando ouvidas parecem as juras mais concretas do mundo. Alem do eterno ditado onde “quando você dá a mão já querem o braço”, mesmo uma metáfora, uma metáfora verdadeira, tudo que se tem é insuficiente, tudo que já lhe foi dado na vida sempre parece pouco, pensamento capitalista? Não, pois não queremos apenas coisas, dinheiro, queremos também pessoas, sentimentos e milagres demais.
Não sei se sou apenas eu, mas me prendo a minha esperança, espero, desejo, até que se concretize, ou não.
Aprendi agora a agradecer a Deus quando as coisas não se concretizam, às vezes acaba sendo melhor, somos mais felizes, sempre duvidei da existência Dele, mas me parece tão incontestável, tantas coisas acontecendo que nenhum ser humano pode prever, sequer imaginar.
Senti como se a profundidade de um olhar guardado na lembrança fosse do tamanho do eterno, do sincero mesmo que sem explicação. É como se o mundo fizesse sentido, exatamente por não encontrarmos o sentido.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Leia-me quando estiver triste

Ao mesmo tempo que quero escrever não tenho a mínima vontade, ao mesmo tempo que quero sair não quero me mexer, ao mesmo tempo que quero gritar ao mundo que estou provavelmente... Melhor parar a mim mesma antes que me arrependa da próxima palavra, hoje nenhum extremo, nenhum lado da moeda me atrai.
Então o que estou fazendo aqui? Pela primeira vez posso dizer que estou desabafando, e que provavelmente isso não se tornara publico, e se se tornou, fui mais corajosa do que imaginei.
Vou escrever apenas o que me vem em mente, o que tenho vontade, e minha vontade é confessar, eu canto na rua. Sinto-me mais leve. E uma risada surge em meu rosto, mas sinto-me na obrigação de explicar que só canto quando não há ninguém na rua, o que não é difícil.
PARA DE SUSPIRAR!
Pois é, cada vez que releio meu texto para ver se ficou bom surpreendo-me por uma leve risada, por isso vou nomeá-lo “Leia-me quando estiver triste”, provavelmente eu lerei tantas vezes antes de uma ocasião triste que já saberei do que se trata, mas se algo me provoca um riso, por que não?
Estava relendo tudo que não foi publicado e, thanks God não foi publicado, tantas tentativas de começar um livro, tantas besteiras que na época poderiam quase me fazer chorar, e eu digo quase, pois praticamente não choro, não tenho esse “dom”, o que as vezes me ajuda, as vezes não.
Acho que é por ter chorado tanto na infância, fui um criança bastante chorona, as pessoas não podiam me olhar atravessado, então, um dia, eu parei, e a partir daí nunca mais chorei em publico, apenas para meu travesseiro, e poucos foram os merecedores de minhas lágrimas.
E um texto iniciado para ser supimpa acaba por virar algo serio, não mais, não sei o que escrever, não sei o que estou sentindo e não sei por quem, novamente con-fu-são.
Mas daí, dia ou outro, paro pra pensar na vida, em como eu ainda fiz pouca merda, o que me faz sentir desanimo, mas tenho ainda muito tempo pra tirar meus sonhos da cabeça e planos do papel.
Só vou tentar continuar a ser gente, o que nunca foi fácil pra ninguém.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dança do Tempo - Nenhum de nós

"Olhe sempre pros dois lados,
Antes de julgar, de se manifestar,
Ou pra cruzar a rua


Pense, antes de escolher alguém pra namorar,
Alguém para ficar,
Quem sabe a vida inteira


Por favor entenda se eu pedir pra você não voltar tão tarde


Isso aconteceu quando no seu lugar quem estava era eu
Isso não vai mudar até alguém encontrar outro jeito de amar


Veja, quem são os seus amigos, com quem tu vai andar,
Se dá pra confiar em todos os sentidos


Ame, quem você quiser, não vá se machucar
E não esqueça de avisar
Tudo isso aos seus filhos


Por favor entenda se eu disser
Pra você que ainda é cedo


Isso aconteceu quando no seu lugar quem estava era eu
Isso não vai mudar até alguém encontrar outro jeito de amar


Por isso olhe, pense, veja, ame
Olhe, pense, veja, ame"

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Obrigado!

Finalmente alguém me mostrou o caminho certo, é realmente muito estranho descobrir que você não conhece a si mesmo tão bem e que você não é quem pensa que é. Descobri um tanto quando cedo que sou falsa e medrosa, pensei que eu não aceitaria ouvir isso de ninguém, mas eu já devia saber que eu era assim, agora me sinto grata.
Mesmo que tenham sido horas conversa digital que eu sempre classificaria como meio inútil, não desta vez, entre palavras simplificadas e algumas piadas para descontrair houve muita sinceridade, coisas importantes foram ditas e mudanças terão que ser feitas.
Estou imaginado o que as pessoas que lêem podem estar pensando, mas: 1° ninguém lê. 2° E se lê, pense o que quiser.
Uma das mudanças a serem tomadas, parar de preocupação ao pensamento alheio. Mas o que eu realmente mais tenho que mudar refere-se a minha coragem e a minha falsidade sobre os sentimentos. Parei de tentar sorrir o tempo todo, às vezes não estarei bem, às vezes preciso de alguém me perguntando qual é o problema.
Não tenho mais nada a escrever, pois o que descobri não serve para escrever e sim para ser mudado.

sábado, 16 de outubro de 2010

Eu sei, mas não devia - Marina Colasanti

"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.


A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.


A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.


A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.


A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.


A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.


A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.


A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Auto conhecer-se


Sempre fui uma pessoa tranqüila, fato. Mas ultimamente o mundo vem me corroendo e pra piorar tento inutilmente expressar isso com palavras. Mais e mais venho pensando que talvez, (deixo minha tese na hipótese para nunca acreditar que possa ser verdade) talvez eu não seja tão “eu” quanto me vendo.
Vejo o meu eu como mais selvagem, como num texto de Fernanda Young, não me permito cogitar a idéia de ser a “Prezada Mulherzinha”.

"...Seja honesta uma vez na vida: confesse. Que você não é nada tão wild quanto se vende. Que não sabe falar tão bem inglês assim. Que fez escova progressiva. Que tem dermatite. E enfim você terá alguma paz, pois se reconhece humana, e não a barbie boba que você procura ser. Acredite: idiotice só te faz charmosa para os cafajestes. Se continuar assim, nunca vai aparecer aquele cara bacana que você gostaria que aparecesse; para lutar por você, até te conquistar, e destruir essa tua linda silhueta com uma gestação de 15 quilos.
É triste, amiga Mulherzinha, mas você terá que abrir mão da máscara de rímel que cobre a sua verdade."

E o que leio me apavora, de um jeito tão interno e pessoal. Nunca tive medo de ser enganada, exceto por mim mesma, ver que quem sabe, eu seja mais previsível do que imaginava, que o que eu acredito saber seja só uma crença obstinada de quem na verdade nada sabe. Não me permito acreditar nisso, pois se eu não for que penso que sou, todos a minha volta, logicamente, também não serão. O mundo visto desse ângulo é apavorante, nada nos garante absolutamente nada, a única coisa certa nessa vida é a morte. Morte, tão seria e sempre aparentemente tão distante, recuse-me a falar muito sobre ela, ela não serve para ser escrita, chega e vai com tamanha pressa...
Sinto-me inútil, tanto diante da morte quando da vida, recuso-me a acreditar que não posso mudar o curso das coisas, novamente aquela louca e antiga idéia de mudar o mundo, e agora perceber que ela não parou por ai, sempre quis mudar o mundo ou morrer tentando e agora percebo que basicamente de nada vale uma vida.
Enquanto você lê, muita gente já morreu, não sentimos falta de nenhuma delas, são poucas as vidas recordadas, grandes escritores como William Shakespeare, gênios como Albert Einstein, e nos? Somos em maioria seres esquecíveis, passageiros e que nada de útil deixam, tenho medo de pensar o que serei após minha morte, se meu “talento” será visto ou será apenas mais algumas palavras no mundo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

É, estou realmente falando de você!


Hei você, mostre seu rosto! Já conheci dezenas das tuas mascaras, elas já não podem me enganar, mas peço-te para mostrar-me teu rosto.
Não quero ver o que você acha que é melhor que eu veja e muito menos quero ver o seu melhor, quero apenas ver um ser humano cheio de erros e acertos, será que é pedir muito?
Ah, se o mundo escondesse apenas seu rosto... Ao invés disso esconde-se inteiro, espiando medrosamente numa fresta, ainda não percebeu que nada o pode ferir, nada pode o atingir, apenas ele mesmo.
Não importa quantas metáforas eu use, isso já é conhecido, não é algo novo para ninguém, mas é tão obvio e tão esquecido no dia-a-dia... Depois de ler um texto com sentimento, significado, as pessoas “mudam”, por aproximadamente 4 minutos, mas mudam, e se algo que escrevi mudar alguém por esses míseros 4 minutos meu dia estará realizado, pois a humanidade vem se perdendo dentro de cada um, junto com a simplicidade e a humildade, mas de que adianta? Escrevo palavras e mais palavras, mas elas não surtem efeito. Quero que o mundo olhe para si mesmo e finalmente se veja como realmente é não fique se lamuriando pelo quer ser, será que é pedir muito?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coisa idiota na qual fui obrigada a fazer...

Nada mais estúpido do que escrever "toh sem assunto..." com todos os emoticons ou "aaains" e "affs" que são anexados.
Mas quero sempre escrever sobre algo que sinto, sentimentos de verdade, mas ultimamente só sinto o peso da rotina...
Ta, confesso que depende de onde me encontro em com quem, mas quando não estou nessas maravilhosas (ou não) situações, a normalidade pesa.
Alem de que a falta de tempo (e luz elétrica...) me fizeram deixar de escrever por algum tempo, espero não perder aquilo que chamo de "pratica".
Terei de ser breve pois o tempo novamente me falta, então para a reflexão de quem possa vir a ler:

"Se não tem tempo, não me atenda. Eu telefono para conversar, nunca para dar recado."
Carpinejar

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Outra crítica bla bla blá... vcs já sabem...


“Cansei, não amo mais
Ah, amo sim, mas n quero mais...
Quero sim, mas... argh”

Ai esta a prova concreta de que falar na frente do computados tem lá suas vantagens, mesmo que com a falta de sensações que eu considero "altamente 'escreviveis'" (vocabulário amplo...). Realmente não quero perder o meu tempo escrevendo sobre "toh com raivinha", isso me da nos nervos, vai sei lá aonde, bate em alguma coisa, berra e pronto, nada de ficar se lamuriando por qualquer coisa.
Como alguém cujo nome minha preguiça me impede de procurar já disse (provavelmente não do jeito que irei escrever): "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.".
E para piorar ainda mais, as pessoas tendem a pensar que "ah, no ultimo capitulo tudo se resolve...". O QUE???
Você vai perder toda a sua vida pelo "ultimo capitulo de uma novelinha mexicana", em caso afirmativo, dirija-se até um penhasco bem alto e acabe com essa vida que mais parece um drama.
Ta, desculpe-me o ultimo comentário, quem sabe você ainda seja útil para alguma coisa, mas por favor MUNDO, chega de drama!