quinta-feira, 16 de junho de 2011

20,5 KB e um pouco de ciúmes

Penso que ciúme nada mais é do que um estúpido egoísmo exacerbado onde buscamos a priorização do objeto em questão, nos vemos a todo instante ameaçados por qualquer coisa que aparece entre você e o tão sonhado objeto.
Novamente somos guiados por instintos, por algo que remanesceu em nosso cérebro vindo de um tempo muito remoto o qual qualquer coisa poderia ser mesmo uma ameaça, mas agora estamos numa sociedade moderna e às vezes é difícil não tornar-se primitivo novamente e seguir todos os impulsos cerebrais.
E percebe que por mais que o mundo nos exija mudança (as quais muitas fazemos), mudamos só o necessário para a sobrevivência, mudamos de celular, internet, computador, casa... Só não mudamos de hábitos, não mudamos de idéia. Não mudamos aqueles instintos, não fazemos nada a respeito, ou tentamos fazer e após uma ou duas tentativas frustradas voltamos ao que éramos, esquecemos a breve derrota e seguimos.
Percebo-me falando no plural, e, quem sabe, você leitor discorde de minhas idéias, e agradeço se esse for o caso. Sinceramente o mundo esta cheio de papel e lixo eletrônico, não precisa de mais um blog ou mais um site para encher a cabeça de alguém com palavras bem orquestradas. Mas se fizer pensar, se você realmente quiser pensar, nunca vai precisar ir muito longe, as pessoas tentam acordar umas as outras com novas idéias a todo o momento por todo o mundo, é só optarmos por parar ou não, pensar ou não, fechar a janela do site ou não.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Diz-me que sorrio demais e que não pode alguém ser tão feliz. Já parou pra se perguntar se a freqüência do meu sorriso é maior ao lado teu e que se me vês assim sorrindo na é por motivo outro se não poder assim, te olhar de perto, de ver a alma e ter a certeza de que realmente está aqui?

Luciana Donadeli - http://luciana-donadeli.blogspot.com/

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tribunais Internos

Não quero um texto para ser classificado como belo, apenas julgo estar errada me alto - sentenciando com um sentimento ruim, que aperta o coração, e mesmo que eu já tenha dito que não se ama com o coração, me vejo num beco sem saída ao senti-lo assim, tão cheio de culpa.
O pior é descobrir que se fez algo errado depois de fazê-lo, e mesmo que não haja tanta culpa assim nisso tudo, meu coração (sim, o coração) não se perdoa, e se ele falasse, olharia bem para o fundo de minha mente e diria irônico “você não disse que se ama pela cabeça? Pois bem, foi você que fez isso.”. O amor, que sempre esteve tanto na cabeça quanto no coração, pensa no quanto foi besta, e penso por um segundo em matá-lo, mas matar um amor implicaria a matar você de dentro de mim e não me vejo com forças suficientes para tanto e nem espero que um dia eu venha a tê-la.
Pouco a pouco me perdôo pelos erros que mesmo evitáveis agora são imutáveis, e percebo que nunca antes sentimentos como os atuais assolaram meu ser, nunca antes quis demonstrar nenhum sentimento, os mesmos me faziam sentir fraca, agora não quero parar por um segundo de dizer em alto e bom som palavras carinhosas. E mesmo isso me fazendo sentir vulnerável, eu te amo, e aparentemente isso basta.
E só o simples fato de ter falado contigo faz com que o tribunal que se formava em minha mente e que me considera culpada ache justo eu ficar em liberdade condicional por bom comportamento, por dizer tantas vezes o que sentia por ti, e mesmo tudo isso me parecendo demasiado meloso, é a realidade em que me encontro.
E aquele peso interno lentamente começará a sumir, já começou, vai apenas demorar algum tempo, inevitavelmente meus dedos tremerão até que isso acabe e meu estomago continuará com um nó, mas pelo menos acho que fui perdoada, agora só falta eu me perdoar por meus atos de insensatez.
E, para não sair do clichê por ser final de semana do dia dos namorados, o que eu poderia dizer além de um sincero “eu te amo” seguido de muitos advérbios de intensidade?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A felicidade, O fim, As faltas

Vidas esperando a morte, insanidade advinda de um ritmo desenfreado, falta água, falta luz, falta amor. E no meio da decadência de um mundo não encontrado (e um tanto quanto perdido), vejo um sorriso. Não um sorriso de canto de boca, não um sorriso de pêsames, um sorriso do jeito que deve ser, e este me alimenta até a eternidade.
Mas a eternidade só pertence aos que nunca findam, não a mim, ser mortal, logo minha carne putrefaria por tanto existir. Não me é pessimista pensar na morte como fato certo, mas pensar naqueles que amo, naqueles os quais eu dividiria a eternidade, estes não irão, não morrerão, o tempo e os vermes nunca poderão levá-los embora, serão eternos.
No fim das contas, a vida é uma eternidade que acaba quando a vida finda, e, se minha intenção fosse fazer poesia, poderia dizer que a vida é linda mas beleza é ilusão. Ninguém ama pelos olhos, tão pouco pelo coração, já foi dito que o fígado era responsável pelas paixões. Não acredito mais nessas invenções, mesmo brutesco e frio, amo com a cabeça, com o cérebro, com a mente, a razão, o instinto. E, mesmo que eu nunca venha a lhe dar meu coração, você já é dono de todos meus pensamentos.