sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prosseguir

Alguns princípios básicos tendem a ser confundidos, e eu simplesmente faço caretas para o meu reflexo no espelho vendo o quanto lógico isto é. Primeiro, se eu sou simpática, eu sou assim, não é paixão, falsidade ou qualquer outra coisa, é simpatia por si só. (e por dizer SE, quero dizer que tenho consciência de que posso ser antipática, alem de que, quem se diz simpático sempre não merece essa denominação).
Segundo, as caretas, ainda haverá alguém que compreenda que não preciso ficar roxa para estar com raiva, apenas uma leve arqueada nas narinas cumprem esse papel, um leve movimento dos lábios, as coisas são lógicas a meu ver. Não são necessárias grandes ações, quem não compreende um simples olhar ou um movimento tão pouco entendera um amor. Meu Deus, são coisas tão simples! Minha vontade seria de exemplificar, de dizer o que foi feito errado, mas sempre me antecedo por julgar em certo e errado coisas que quem sabe simplesmente não foram feitas para dar certo.
Um momento, um milésimo de segundo, aquele pequeno fragmento de tempo, era obvio que eu havia parado, simplesmente parei, esperei por uma reação nesse segundo que se passou, nada, prossegui.
Nessas horas não sei se fiz bem, mas não importa, não é? Odeio os momentos pós-ação, você pensa, repensa, o que poderia ter acontecido, o que você poderia ter dito, o que poderia ter sido diferente.
Penalizo a mim mesma por esses pensamentos pois sei que irão apenas ferir meu ego, porque não aconteceu, nada foi dito e não há maneira alguma de mudar isso.
Estamos sempre tão ligados ao passado, agarramos suas mãos como uma criança com medo do primeiro dia de aula, até que nossas forças agüentarem estaremos lá, firmes, fingindo ser fortes, até que o destino nos puxe e nos arranque aquela única coisa que nos prendia, a única coisa que nos fazia sentir seguros.
Prosseguimos novamente, e não me atrevo a dizer que tudo vai dar certo, que tudo se resolve, temos que parar e perceber que o mundo é gigantesco e que, muitas vezes, não são nossas historias as escolhidas para darem certo.
Um trágico momento de realidade, e esse momento tende a ser minúsculo, depois voltam às velhas esperanças, volta à realidade que deveria ser cor de rosa, mas culpamos o tempo como entregador que tende a atrasar a entrega do vermelho, ocultando nosso medo de que ele nunca chegue.

4 comentários:

  1. Laura ,faz o que um antigo colega me disse e nunca mais esqueci...olha para o espelho e diz "-não vou ficar chateada de borla , se querem que fique zangada teem que me pagar!"

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