quinta-feira, 9 de junho de 2011

A felicidade, O fim, As faltas

Vidas esperando a morte, insanidade advinda de um ritmo desenfreado, falta água, falta luz, falta amor. E no meio da decadência de um mundo não encontrado (e um tanto quanto perdido), vejo um sorriso. Não um sorriso de canto de boca, não um sorriso de pêsames, um sorriso do jeito que deve ser, e este me alimenta até a eternidade.
Mas a eternidade só pertence aos que nunca findam, não a mim, ser mortal, logo minha carne putrefaria por tanto existir. Não me é pessimista pensar na morte como fato certo, mas pensar naqueles que amo, naqueles os quais eu dividiria a eternidade, estes não irão, não morrerão, o tempo e os vermes nunca poderão levá-los embora, serão eternos.
No fim das contas, a vida é uma eternidade que acaba quando a vida finda, e, se minha intenção fosse fazer poesia, poderia dizer que a vida é linda mas beleza é ilusão. Ninguém ama pelos olhos, tão pouco pelo coração, já foi dito que o fígado era responsável pelas paixões. Não acredito mais nessas invenções, mesmo brutesco e frio, amo com a cabeça, com o cérebro, com a mente, a razão, o instinto. E, mesmo que eu nunca venha a lhe dar meu coração, você já é dono de todos meus pensamentos.

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