terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hoje

Não queria por meus sentimentos novamente no papel, principalmente por que sempre fico confusa sobre o que dizer sobre algo que não posso revelar, mas tenho que contar pra alguém. Isso pode soar meio estranho, mas é como se eu soubesse um segredo e, ao escrever, coloco ele em metades, fragmentos de segredos perdidos em meio a um emaranhado de palavras. A partir daí, apenas quem conhece meus pequenos “dramas” é que entende.
Mas hoje... Hoje eu gostaria apenas de ouvir o som de uma respiração ofegante, parar no tempo e permanecer. Hoje o mundo esta distante de mim, suas artimanhas não conseguem me pegar, hoje o meu humor esta neutro, mas feliz ao mesmo tempo, hoje não importa se chover, nevar, der um temporal. Hoje me parece mais distante do que qualquer outro dia. Hoje provavelmente não importa, o “eu físico” se foi, minha alma também, e o que sobrou deixa um estado de nostalgia. O mundo hoje não importa, juntamente com as pessoas que nele habitam, o que permaneceu foi um pequeno lugar esquecido pelo tempo, longínquo e tranqüilizador. Ele pulsa, ele vive, ele se perde dentro dele mesmo. Ele simplesmente sente mas não sabe descrever o que, quem sabe não há palavras para o que ele sente, talvez seja eu que não seja boa com elas, mas ele sente.
E algo põe um sorriso em meu rosto, algo inexplicável, e mesmo que não fosse, o dia de hoje é bom de mais para perder com explicações. Apenas sorrio, algo continua pulsando em meu peito, aquele algo que eu nunca soube explicar, pelo menos não com palavras.

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